Mercado de seguros se prepara para 2026 com foco em personalização, tecnologia e novos riscos

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O mercado de seguros deve entrar em 2026 impulsionado por três grandes forças: personalização, digitalização e a emergência de novos riscos. A avaliação é dos diretores regionais da Lojacorr Seguros, Antônio Carlos Fois (Centro Sudeste), Hamilton Sobrinho (Norte Nordeste) e André Moreno (Sul), que veem um cenário de oportunidades sustentado pela inovação tecnológica e pela ampliação da cultura de proteção no país.

Para Antônio Carlos Fois, a capacidade de entregar soluções sob medida será o diferencial no próximo ciclo. “O mercado de seguros vive um momento de grande transformação, e as oportunidades para 2026 estão ligadas à capacidade de oferecer soluções personalizadas e acessíveis”, afirma. Segundo ele, a demanda por seguros de saúde flexíveis, produtos voltados ao público sênior e coberturas sob demanda deve crescer de forma consistente.

Fois também destaca o avanço dos produtos com foco em sustentabilidade e bem-estar, que combinam proteção financeira e saúde. “Quem conseguir entregar conveniência, clareza e valor agregado com o apoio da tecnologia será protagonista nesse novo ciclo”, acrescenta.

Segmentos em expansão

Entre os ramos com maior potencial de crescimento, os diretores concordam que saúde, vida, riscos cibernéticos e propriedades devem manter a liderança em 2026. “Os segmentos que devem ganhar maior relevância são aqueles que combinam proteção, prevenção e experiência digital”, avalia Fois. Ele cita o Seguro Saúde, impulsionado pela demanda por soluções acessíveis e integradas à telemedicina, e o Seguro de Vida, favorecido pela maior preocupação com longevidade e estabilidade financeira.

O diretor regional também aponta o avanço dos seguros cibernéticos (em resposta à digitalização acelerada das empresas) e o crescimento do Seguro Residencial e Empresarial diante da intensificação de eventos climáticos extremos. “O segmento de PMEs continuará em expansão, com espaço para corretores que atuem de forma consultiva e ofereçam pacotes completos de proteção, incluindo o Seguro Auto”, afirma.

Hamilton Sobrinho reforça o papel da proteção à vida como pilar central das tendências. “O envelhecimento da população brasileira cria uma demanda crescente por produtos que ofereçam conforto e segurança em relação à saúde física, mental e financeira da população”, destaca. Ele também vê oportunidades nos seguros rurais e de danos, motivadas pelos riscos climáticos e pela necessidade de proteção a famílias e empresas em regiões mais vulneráveis.

Segundo Sobrinho, os riscos cibernéticos também devem permanecer em pauta. “Com a crescente digitalização, os riscos cibernéticos aumentam, gerando demanda por apólices específicas para proteção de dados e sistemas”, afirma.

André Moreno observa que a baixa penetração do seguro no país continua a representar um vasto campo de oportunidades. “Mais de 80% dos brasileiros não possuem seguro, indicando um enorme potencial de crescimento em ramos elementares, como residencial, vida e PME”, explica. Ele ressalta ainda o crescimento de produtos voltados a veículos mais antigos. Movimento que reflete a mudança do perfil econômico do consumidor. “Há uma demanda reprimida por seguros acessíveis e modulares que atendam a essa frota mais velha, e as seguradoras já estão desenvolvendo produtos customizados e economicamente viáveis para isso.”

Transformação tecnológica e novo papel do corretor

Os três diretores concordam que a tecnologia será o vetor mais transformador do setor em 2026. Para Fois, “a inteligência artificial e a automação devem assumir grande parte das tarefas operacionais, liberando tempo para o corretor se concentrar no que mais importa: aumentar as ofertas e as vendas de seguros, por meio de relacionamento e consultoria personalizada”.

Sobrinho reforça que o impacto da tecnologia está na capacidade de adaptação dos profissionais. “O papel do corretor evoluirá de um vendedor para um consultor estratégico. As tarefas repetitivas e burocráticas serão automatizadas, liberando tempo para o corretor focar em atividades de maior valor agregado, como a construção de confiança e um atendimento mais humano”, afirma.

Ele lembra que, segundo a FENACOR, o corretor “educado, certificado e conectado” será o profissional de confiança no ambiente de dados abertos. “A inteligência artificial atuará como um assistente poderoso, auxiliando os corretores na análise de dados e na formatação de estratégias de prospecção mais eficazes”, completa.

Moreno segue a mesma linha e aponta que “IA e automação serão cada vez mais relevantes nas tarefas repetitivas, enquanto o corretor se consolida como um consultor de riscos”. Segundo ele, a tecnologia deve ampliar a produtividade e a personalização, além de permitir o uso de dados para identificar oportunidades de cross-sell e up-sell. “Com mais tempo livre, o corretor poderá se aprofundar em produtos complexos e oferecer uma análise de risco mais apurada”, diz.

Estratégias para 2026

Na visão dos diretores, a Lojacorr Seguros deve continuar fortalecendo sua posição como ecossistema colaborativo e digital voltado ao desenvolvimento dos corretores parceiros. “A Lojacorr está posicionada como uma plataforma digital para os corretores de seguros parceiros, com foco em vendas através de indicadores e dados, sendo o ecossistema de negócios mais completo e colaborativo do mercado”, afirma Fois.

Sobrinho complementa: “Nosso papel é de conexão. Não apenas conectar o corretor com as seguradoras, mas principalmente com a tecnologia, tendências e a nova realidade do mercado, que exige profissionais cada vez mais qualificados e bem-informados.”

Para Moreno, o foco está em potencializar o corretor parceiro com tecnologia e conhecimento. “Ao munir o corretor com ferramentas e expertise, a Lojacorr garante que ele não apenas cresça em faturamento, mas cumpra sua missão essencial: proteger o patrimônio e a vida de mais brasileiros, solidificando a cultura do seguro no país”, conclui.


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