
Ontem, durante uma conversa com uma amiga, discutimos um tema que precisa de mais espaço no debate público: a proteção das meninas e a educação dos meninos. Vivemos em uma sociedade onde a segurança das mulheres ainda é uma questão pautada diariamente, um reflexo das desigualdades estruturais que persistem. No entanto, a solução para esse problema não está apenas em ensinar as meninas a se protegerem, mas também em educar nossos filhos homens sobre respeito e responsabilidade.
A urgência desse debate se tornou ainda mais evidente para mim ao me deparar com a trágica notícia do assassinato de uma jovem de 20 anos no Estado do Ceará. O crime, cometido por três homens que simplesmente decidiram tirar uma vida, é um lembrete brutal da vulnerabilidade que muitas mulheres enfrentam. Ela foi alvo da violência simplesmente por estar sozinha e vulnerável. Isso me levou a refletir: se fosse um homem na mesma posição, será que o desfecho teria sido o mesmo?
Infelizmente, a resposta que me vem à mente é que não. O risco de violência para mulheres é desproporcionalmente maior, e isso não pode mais ser ignorado. A cultura de impunidade e normalização da violência contra as mulheres precisa ser combatida desde a raiz. Isso começa dentro de casa, com a educação dos meninos sobre empatia, respeito e igualdade. Não basta ensinar às meninas como se proteger; é preciso que os meninos aprendam que ninguém tem o direito de violar o espaço e a dignidade do outro.
Este caso é um alerta para todos nós. Precisamos discutir políticas públicas mais eficazes para proteger as mulheres e, ao mesmo tempo, implementar ações educativas para transformar mentalidades desde cedo. A mudança começa com o reconhecimento de que a segurança não pode ser um privilégio de alguns, mas um direito de todos. Só assim poderemos construir uma sociedade onde meninas não precisem viver com medo e meninos cresçam sabendo que respeitar é o mínimo que se espera deles.
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