No Brasil, os casos de dengue apresentaram um aumento significativo entre janeiro e maio de 2024, em comparação ao mesmo período do ano anterior. Prova disso é o levantamento realizado pela Seguros Unimed, braço segurador e financeiro do Sistema Unimed, que registrou um aumento de 163% na taxa de pedidos de autorizações para atendimentos, internações e exames específicos para a doença.
De acordo com a pesquisa, o pico dos casos foi registrado em abril com 12 mil pedidos durante a 15ª semana epidemiológica, seguido por uma tendência de queda observada a partir de maio. No mesmo período do ano passado, foram solicitadas 4 mil autorizações. “Podemos observar a correlação no aumento do número de casos de dengue com a queda da temperatura mínima, e também no período de maior ocorrência de chuvas. Estes dados reforçam a importância contínua da vigilância e do controle de vetores, além da conscientização pública sobre medidas preventivas, especialmente durante esses períodos referidos”, destaca Luis Rolim, Diretor-Executivo de Provimento Saúde, Vida e Ramos Elementares da Seguradora do Sistema Unimed.
Em relação às regiões do Brasil, entre janeiro e maio de 2024, os dados analisados mostraram que o Centro-Oeste registrou um aumento de 112% nos pedidos de autorizações, seguido por Sudeste (220%) e Sul (166%). Entre os estados, o Distrito Federal se destacou com uma alta de 438% no número de autorizações relacionadas à dengue em 2024, comparando com o ano anterior. Em Minas Gerais, o pico do número de pedidos ocorreu em março, com uma elevação de 291%. Já em São Paulo, o aumento foi de 185%, sendo maio o mês com mais casos, porém ainda não foi observada uma queda desde o começo do ano.
Entre os tipos de autorizações relacionadas à doença, a Seguros Unimed registrou um aumento de 144% nos pedidos de exames, 228% nos pedidos de pronto-socorro e 541% nas internações, comparando 2024 com 2023 (janeiro a maio). Apesar do aumento no número de internações, houve uma redução de 44% na média de permanência hospitalar, indicando internações menos complexas.
“O acompanhamento com um médico referência é importante para que a doença não evolua. A Atenção Primária à Saúde (APS) foca em ações de promoção da saúde e na abordagem das condições de saúde frequentes, além disso, também é importante reforçar práticas para o combate ao mosquito vetor, como o descarte adequado de recipientes que acumulam água parada e a adoção de medidas individuais para evitar picadas”, complementa o diretor.
Fonte: Assessoria